Acolher uma birra não é passar a mão na cabeça
09/09/2021 2021-11-06 12:37Acolher uma birra não é passar a mão na cabeça
Acolher uma birra não é passar a mão na cabeça
Há uma diferença muito grande entre “mimar” e acolher os sentimentos de uma criança. Acolher é você compreender e ser empática com o que a criança está sentindo para direciona-la a outro tipo de comportamento.
Agora, reflita se você está sendo muito permissiva?
Você interfere antes da criança ter a chance de resolver o problema por conta própria?
Os pais superprotetores são rápidos em intervir quando surgem problemas para os filhos – eles fazem todo o possível para proteger a criança da adversidade e do desconforto. Isso pode parecer a coisa certa e nobre a ser feita, mas na verdade pode levar seu filho ao fracasso no futuro: eles nunca vão aprender a resolver os problemas por conta própria, nem vão desenvolver a autoconfiança cultivada pela decisão.
Seu filho nunca levanta um dedo – você faz tudo por ele?
Um sinal revelador de que você está mimando seu filho é bem claro se você estiver fazendo absolutamente tudo por ele: você limpa o quarto deles… Você faz jantares personalizados, porque eles não gostam do que você fez para o restante da família…
Você concede todos os seus desejos para mantê-los felizes, mas a felicidade deles não é a única consequência – seus filhos também vão deixar de aprender a importância da independência e da responsabilidade. Não tenha medo de atribuir tarefas a eles e dizer não a pedidos repentinos ou irracionais.
Você exagera para protegê-los e consolá-los quando eles se machucam?
Parte o coração de todos os pais ao perceber que o seu filho está chateado – mas isso não é motivo para incorporar medos severos a respeito de perigos em potencial em suas mentes, ou exagerar no consolo. Todo mundo se machuca, é uma parte inevitável da vida; ensine a seus filhos essa verdade simples e ensine com as habilidades necessárias para se recuperar. Dê coragem.
E como acolher a criança quando ela se comporta de forma inadequada?
Às vezes todos nós precisamos apenas de um bom choro. Não é verdade que, de vez em quando, bate aquela vontade de gritar com a cabeça dentro do travesseiro?
E as crianças, com seu cérebro imaturo, precisam chorar com mais frequência do que os adultos para curar todos os sentimentos que as provocam. Mas isso só se cura se eles tiverem uma testemunha empática e compassiva: o refúgio seguro dos pais.
Deixar seu filho chorar sozinho, sem acolhimento, pode passar a mensagem de que ele está sozinho com esses sentimentos assustadores, justamente quando ele mais precisa de apoio.
Então, quando uma criança está agindo assim, seja com choro ou um comportamento inadequado para determinado momento, lembre-se de que ela está “representando” sentimentos que ela não pode expressar verbalmente.
Isso é um sinal de que ela tem uma mochila emocional cheia (e pesada) que precisa ser esvaziada. Ela só precisa de você para se conectar com ela para ajudá-la a se sentir segura o suficiente novamente.
Como? Você evoca toda a sua compaixão e estabelece um limite razoável para dar ao seu filho um suporte de aprendizagem.
Se você punir seu filho por “mau comportamento”, você não está colaborando com o importante aprendizado que é administrar as emoções que estão alimentando esse “mau comportamento”. Mesmo as punições “leves”, como tempos limites e cantinho do pensamento, isolam a criança que, por consequência, se desconecta de você.
Na verdade, um “limite” – definido com empatia para que ela se sinta segura – pode ser exatamente o que ela precisa para dar início à liberação de seus sentimentos negativos, daquilo que está provocando as dores, a angústia, o nervosismo.
Chorar na segurança de sua presença amorosa leva seu filho a um estado de bem-estar e conexão. Uma vez que ela se sinta bem novamente, ela vai “agir bem” – porque seus filhos naturalmente querem se conectar com os adultos que amam.
Mas se você fez tudo isso e seu filho ainda parece estar em apuros, ele está pedindo sua ajuda. Dê a ele o paraíso de sua atenção amorosa.
Conheça agora seis sugestões práticas para você adotar quando a criança se comporta de forma inadequada:
♥ Seja gentil, mas firme
☻ Os brinquedos não são para jogar, Cauã.
Em algumas situações você pode precisar intervir fisicamente para colocar um limite porque as crianças em um estado de raiva não podem se controlar.
♥ Conecte-se e tenha empatia
☻ Eu entendo que você gostaria de ficar vendo seu programa de TV, mas amanhã precisamos acordar cedo.
Se você definir o limite com severidade, seu filho simplesmente fica com raiva.
♥ Receba as lágrimas
☻ Eu te amo… Você está segura, Isabela… Todo mundo se sente chateado, às vezes.
♥ Reconheça e dê nome ao que a criança está sentindo.
Lembre-se de que você está ajudando seu filho a se curar. É a sua presença amorosa e atenciosa que permite que a criança sinta todas essas emoções assustadoras e passar por elas. Se a criança estiver sentindo muita raiva, crie mais segurança.
☻ Você deve estar tão chateado com isso.
☻ Estou ouvindo, me conta mais.
☻ Me desculpe… Isso é tão difícil.
☻ Eu não entendi como isso era importante para você.
☻ Isso deve ser tão doloroso para você…
☻ Me desculpe se eu contribuí para você pensar assim.
☻ Eu sei… Você deve ter ficado tão magoada (ou com medo) quando… eu sinto muito por isso…
☻Eu te entendo, vou ficar aqui na sala terminando as coisas, quando você quiser, estarei aqui pra gente conversar.
♥ Se ela sair correndo, fique o mais perto que puder.
Não fique olhando no rosto da criança, mas fique perto o suficiente para que sua presença seja tranquilizadora. Quando tudo passar, mesmo que a criança diga para você sair do quarto ou se afastar, o que ela quer na verdade é que você fique perto, claro! Esse comportamento é uma comunicação, elas estão tentando falar alguma coisa e querem ser ouvidas, né?
♥ Reconecte-se
Basta pegá-la, abraçá-la, oferecer água e dizer para ela que todo mundo precisa chorar às vezes e que você a ama, não importa a situação.
A parentalidade é muitas coisas.
Mas talvez, acima de tudo, se trate de construir relacionamentos com os filhos, sobre como buscar e aprofundar a conexão.
Sem conexão, não importa o quão habilidosos possamos ser, perdemos o poder. Renunciamos à capacidade de influenciar nossos filhos.
Por mais clichê que possa parecer, a conexão é quase sempre a resposta.
E não, você não é o pai ou a mãe perfeita. Você é um ser humano.
Você é um trabalho em andamento. Um ser que está aprendendo com os erros e avançando em uma direção positiva.
Lembre-se, não podemos silenciar o difícil, é na vulnerabilidade que a transformação e o crescimento realmente acontecem.
Força para mudar.
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