Mudando um comportamento sem ameaças
02/09/2021 2021-11-06 12:41Mudando um comportamento sem ameaças
Mudando um comportamento sem ameaças
Todos nós temos algum comportamento que gostaríamos de mudar em alguém, seja no seu filho, no seu parceiro, na sua parceira, num colega de trabalho ou num amigo…
E com certeza queremos fazer isso de uma forma positiva.
Hoje vamos refletir sobre o que faz com que as pessoas mudem um comportamento. E essa reflexão vale tanto para crianças quanto para adultos.
Vamos analisar uma estratégia que, com certeza, muitos usam. Digamos que você esteja querendo parar de comer doces, por exemplo… O que você falaria para você mesma?
Bem, a maioria diria assim: Cuidado, eu posso engordar!
E se fosse seu filho, você diria algo mais ou menos assim: Não, não pode comer doce agora!
O que estamos tentando fazer é assustar a nós mesmos e aos outros para que o comportamento seja modificado.
Não é apenas uma coisa nossa, advertências e ameaças são muito comuns nas campanhas de saúde, na política, nas regras sociais dos estabelecimentos…
Isso porque compartilhamos de uma crença enraizada de que se você ameaça e provoca medo, os outros tomarão uma atitude.
Parece uma suposição razoável, mas não é bem isso que a ciência nos mostra.
As advertências tem um impacto limitadíssimo sobre o comportamento. Por exemplo, imagens chocantes nos maços de cigarro, não fazem fumantes parar de fumar, assim como punir seu filho por um comportamento inadequado, não fará com que ele aprenda a forma correta de agir.
Não estou dizendo que as advertências nunca funcionam. É que elas tem um impacto limitado.
Por que então? Por que resistimos às advertências?
Pense agora nos animais: se você induz um animal ao medo, a reação mais provável dele é ficar imóvel ou fugir, enfrentar nem tanto.
Os humanos fazem o mesmo. Se algo nos assusta, tendemos a nos fechar, o medo é ativado e a aprendizagem deixa de acontecer. Uma criança no momento de um teste na escola, por exemplo.
Ela pode dominar muito bem o conteúdo, mas ela fica ansiosa, com medo de não saber o que está por vir, se ela vai conseguir resolver os exercícios, medo de não tirar uma boa nota…
A criança acaba tendo aquele branco e fica travada e, como num passe de mágica, seu sistema de aprendizagem é bloqueado! Cadê o conteúdo nas suas memórias?
Todos nós compartilhamos essa ideia arraigada de que se você ameaçar as pessoas, se o medo for induzido, isso as levará a agir. Parece uma suposição realmente razoável.
Mas, como eu disse anteriormente, a ciência mostra que os avisos têm um impacto muito limitado no comportamento. O cérebro tenta constantemente encontrar formas de controlar o ambiente e a sensação de controle é um fator motivador importante.
Não estou dizendo que não precisamos informar os riscos, e não estou dizendo que existe uma única solução para tudo. Mas estou deixando claro que se quisermos motivar a mudança, precisamos repensar em como fazer isso.
Por que o medo, o medo de quebrar algo, o medo de ser castigado, o medo de perder o emprego no caso dos adultos (porque o que eu estou falando aqui vale para um adulto também, né?)… O medo leva à inércia.
Precisamos de estratégias positivas em vez de ameaças
A parentalidade é um equilíbrio delicado de saber como criar seus filhos com integridade e, ao mesmo tempo, prepará-los para o mundo real.
Não vai ser fácil treinar sua mente para se livrar de palavras e ações negativas como “não”, “pare”, “não posso”, mas é possível.
É tudo uma questão de prática.
A maneira como estamos programados enquanto humanos é para ouvir a estrutura das frases. Na verdade, muitas vezes não “ouvimos” o que está sendo dito, apenas “ouvimos” a intenção.
Às vezes ouvimos a primeira parte de uma frase, quase sempre ouvimos a última parte, mas raramente ouvimos o meio, a menos que haja total atenção na pessoa que está falando conosco.
Vamos ver um exemplo:
Você está em uma ligação importante e sua filha chega para falar com você.
Quando você diz: Não posso falar agora!
Se a criança não está prestando atenção total em você, ela pode ouvir apenas “falar agora”. O final da frase, né…
Se você disser:
Estou no telefone agora. Eu posso falar com você daqui a pouco.
É mais provável que ela ouça o “no telefone” e “daqui a pouco”.
É possível ensinar sem dizer não?
Sim! Isso tem tudo a ver com a ideia de sermos intencionais com nossas palavras e de dar instruções claras aos nossos filhos. Usar frases parentais positivas realmente tem a capacidade de definir limites mais claros do que a própria palavra não.
Explique o comportamento que você deseja de seu filho que está crescendo. Transforme uma declaração negativa em positiva. Em vez de dizer: não pule no sofá! Explique: sentamos no sofá para descansar e ler. O chão é local ideal para pular. Agora, vamos ler no sofá ou pular no chão?
Flávia, como faço para remover palavras negativas ao falar com meu filho?
Substitua o tom crítico, negativo e ameaçador por um neutro, solucionador de problemas, empático e encorajador.
Fale com mini-humanos do jeito que você gostaria que as pessoas falassem com você. Eu sei que é mais fácil falar do que fazer, mas você já conhece aqui o nosso lema, né? Progresso acima da perfeição.
Uma boa comunicação é o coração dos lares mais harmoniosos e a chave para um relacionamento saudável com seu filho.
Continue trabalhando nessas habilidades de comunicação. Pode ser difícil no início, especialmente se você foi criado numa educação autoritária. Como todas as outras habilidades, a prática ajuda, a prática aperfeiçoa. E quando você escorregar, peça desculpas e recomece.
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