O que acontece no cérebro da criança quando você grita?
07/01/2021 2021-11-06 13:27O que acontece no cérebro da criança quando você grita?
O que acontece no cérebro da criança quando você grita?
O que você sente na seguinte cena: você está no meio de uma selva e, de repente, você encontra um leão.
Rapidamente, um programa de atividades inunda o seu corpo e diversas ações são coordenadas dentro do seu cérebro para que haja uma série de mudanças. Suas pupilas dilatam, a sua boca fica seca, o seu estômago altera o seu funcionamento e o seu intestino para de peristaltar. Se o intestino estiver cheio, você terá uma bela dor de barriga e solta tudo!
O sangue é desviado de lugares que agora não são tão importantes, como no sistema digestório na sua barriga e vai enviar esse sangue para os grandes músculos, para você ter força para lutar ou fugir. Aí, você sente aquele famoso frio na barriga!
O sangue também é retirado do rosto, por isso que quando você olha para uma pessoa que viu um leão ou levou algum susto, ela está pálida!
Adrenalina e cortisol aumentam a sua frequência cardíaca, fazendo o seu coração bater mais rápido. No cérebro, neurotransmissores ativam circuitos que vão fazer você ficar com o sistema de vigília ligado, você não dorme na frente de um leão e o mesmo vale para outras cenas de perigo.
Tudo isso que relatei aqui acontece em menos de meio segundo. As emoções são um jeito muito inteligente que a natureza deu ao ser humano para que ele aja sem perder tempo. Então, chegamos à conclusão que as emoções também funcionam como um artifício para gerar comportamentos biológicos frente a uma necessidade imediata.
As emoções são automáticas, não temos controle sobre elas, não vamos conseguir controlar as nossas emoções apenas com a força de vontade. Elas garantem a nossa sobrevivência justamente porque nesses momentos não somos racionais.
Gritar é ineficiente e perigoso para a saúde mental das crianças e para o comportamento relacionado à disciplina. Sim, gritos não provocam disciplina! Os gritos provocam medo, essa é a verdade.
O medo, como vimos, é um mecanismo de defesa dos animais diante de qualquer risco à sua sobrevivência. Ao se sentir ameaçada, a criança tem duas reações: ATACAR ou FUGIR.
Quando seu filho está no meio de uma birra, colapso ou explosão, é um sinal óbvio de que ele está lutando com emoções que ele não consegue controlar. O cérebro de uma criança ainda não fez as conexões necessárias para entender por que nós adultos tomamos uma decisão. Sua filha (ou filho) não consegue entender seus motivos para não comprar um brinquedo para ela, então ela fica angustiada quando sua expectativa não é atendida. Ela vai lutar! Vai se jogar no chão, vai bater com as mãos no chão, vai rolar no tapete, vai gritar com você.
Nossos filhos não são adultos em miniatura – seus cérebros em crescimento são, na verdade, incapazes de adotar uma perspectiva adulta sobre uma situação e usar esse conhecimento para se acalmar.
Então mães e pais, as birras não são manipulações fabricadas, não é falta de educação, você não está errando, não é sua culpa, acredite, a criança não está te manipulando. A birra de uma criança opera em um nível de instinto. Ela está se protegendo!
Esse não é o momento de ensinar nada, a criança não vai conseguir assimilar seja lá o que você estiver explicando. Esse é o momento de acolher as emoções que a criança está sentido. É uma oportunidade para você se conectar com ela.
Quando seu filho está em modo de birra, pode ser difícil sentir-se conectado a ele. Também pode ser tentador ir diretamente para a disciplina. Isso não vai fazer o comportamento inadequado parar. A conexão é a etapa mais essencial para mudar o comportamento.
Você pode se perguntar: como faço para me conectar com meu filho quando ele está em modo de birra? Primeiro, pare de pensar sobre o que aconteceu no passado ou o que acontecerá no futuro e procure o que está por trás do comportamento dele agora. Comece perguntando a si mesma: O que ela está tentando comunicar?
Conforte seu filho
Fique no nível dos olhos dele: como posso te ajudar, filho?
Dê a ele um toque de amor: você quer um abraço?
Olhe para ela de uma forma carinhosa e empática!
Valide as emoções do seu filho
Reconheça e nomeie seus sentimentos: filho, você está com raiva, quando você estiver mais calmo, nós vamos conversar.
Ouça as preocupações e desejos do seu filho, não dê sermões, se a criança se jogou no chão, desça ao nível dele e diga: venha filho, eu vou te ajudar…
Redirecione o comportamento de seu filho
Depois que ela se sentir ouvida e você a ajudar a controlar suas emoções, você pode redirecionar o comportamento. Vamos fazer outra atividade?
Ser pai e mãe é aprender. Quanto mais você souber, melhores serão suas escolhas na próxima vez!
É sobre evolução.
Não é sobre culpabilização.
É sobre melhorar.
É sobre conectar.
É preciso calma, paciência e afeto.
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Comments (2)
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Priscila
E quando a criança tem 1 ano e meio e ainda não sabe dizer o que sente? Apenas faz a birra e não tem o que faça ela parar, mesmo que tentamos dar um abraço, pegar no colo ou distrair com outra coisa, a criança insisti em se jogar e gritar.
fernanda
Olá, como ou quando ensinar a criança sobre o que aconteceu. Vem a birra/momento de raiva, nos conectamos, tudo passa e depois quando ensinar sobre a situação?