Por que a punição não funciona
09/01/2021 2021-11-06 13:26Por que a punição não funciona
Em sua essência, a punição é projetada para machucar uma criança física ou psicologicamente, a fim de evitar o comportamento “ruim” no futuro, ao mesmo tempo em que obtém conformidade e estabelece autoridade.
Quando uma autoridade aplica uma punição, as crianças começam a acreditar, conscientemente ou não, que não podem se comportar bem sozinhas; elas então confiam na figura de autoridade para “fazer” com que se comportem – a criança pensa: eu posso fazer o que eu quiser porque alguém vai me corrigir.
Essa abordagem é reativa, pois está com foco totalmente voltado ao comportamento, em vez de procurar descobrir qual é a mágoa, a necessidade não atendida ou ainda, se há falta de capacidade da criança ao se comunicar. Sim, um choro, um comportamento inadequado é uma forma de comunicação, é um pedido de ajuda. As crianças não são definidas por um comportamento. Elas são elas. E cada uma é única, singular em seu modo de ser e plural em comportamentos. A forma como estão se comportando é apenas uma resposta.
Crianças pequenas fazem bagunça o tempo todo. Elas largam coisas pelo chão, quebram objetos, perdem brinquedos e se esquecem das coisas. Elas são lentas, impulsivas, intensas, explosivas, instáveis e inflexíveis.
Por mais simplista que possa parecer, nosso relacionamento com os filhos está aninhado no amor incondicional. Não é na parte do “amor” que precisamos nos concentrar – todos nós amamos nossos filhos. É na natureza “incondicional” de nosso amor que precisamos direcionar nossa atenção. Não importa o quanto amamos, mas como amamos.
Por meio do amor, podemos estabelecer e manter limites firmes, de forma gentil. Criar os filhos de maneira consciente é difícil. Não há duas maneiras de fazer isso. A parentalidade autoritária está enraizada em nós e não é algo que podemos mudar da noite para o dia, mas trazer nossa consciência para isso é o primeiro passo.
As crenças culturais sugerem que o respeito é uma virtude conquistada; o velho mantra de que quanto mais velho você é, mais respeito você merece. Mas, eu discordo. Todos, independentemente de sexo ou idade, merecem ser tratados com respeito.
A parentalidade autoritária (ou tradicional) mantém as crianças em um estado permanente de ansiedade, antecipando a punição subsequente.
Enquanto isso, a parentalidade passiva faz com que a criança sinta que precisa estar no comando, o que a leva a se sentir insegura e desprotegida. Claramente, nenhum dos extremos é uma boa opção.
Disciplina é a prática de treinar as pessoas para obedecer a regras ou um código de comportamento, usando punição para corrigir a desobediência. E assim, somos encorajados a controlar nossos filhos; para alavancar nosso tamanho e poder.
Na Educação NeuroAfetiva, disciplina significa orientar a criança a resolver um problema. Então, não tem a ver com castigos, com punições. Precisamos nos concentrar no relacionamento que temos com nossos filhos. Porque isso é tudo que os pais realmente são: parentalidade é um relacionamento entre duas pessoas.
É fácil confundir a diferença entre estar “no controle” e estar “no comando”. Controlar é dominar, ditar. Os pais sempre precisam estar no comando. Ser comandante é estar presente e exercer uma função da melhor e mais pacífica forma possível.
Se eu pudesse dar apenas um conselho para você implementar hoje – seria para cuidar de você mesma. Porque a forma como reagimos como pais tem muito mais a ver com o que estamos sentindo do que com o que nossos filhos estão fazendo.
Então, dê um passeio. Saia. Coma uma comida saudável. Beba mais água. Durma mais (se der). Seja gentil consigo mesma. Pare de se criticar. Não se preocupe com o que você fez ontem, concentre-se no agora. Todos nós gritamos e perdemos a calma, e tudo bem – nossos filhos não precisam que sejamos perfeitos (não existe tal coisa). Peça desculpas. Siga em frente. Seja a mãe ou o pai que o seu filho precisa que você seja agora.
Vamos aproveitar a oportunidade para crescer juntos e evoluir para as melhores versões de nós mesmos, para termos a honra de sermos modelos de nossos filhos e liderar pelo exemplo.
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